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Atualidade August 4, 2025

Greve de taxistas em Angola degenera em violência generalizada com dezenas de mortos

Uma greve nacional de taxistas em Angola, motivada pelo aumento do preço do gasóleo, degenerou em tumultos generalizados, resultando num elevado número de mortos, feridos e detidos.

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A paralisação, que ocorreu entre 28 e 30 de julho, expôs profundas tensões sociais e económicas no país, culminando numa severa resposta por parte das autoridades.

A greve, convocada pela Associação Nacional dos Taxistas de Angola, teve como causa direta o aumento do preço do gasóleo.

No entanto, a rápida escalada dos protestos para atos de vandalismo e violência em várias províncias, incluindo Luanda, Benguela e Malanje, sugere um descontentamento social mais vasto. Os relatos indicam um cenário de caos, com a destruição de bens públicos e privados, incluindo 118 estabelecimentos comerciais, 24 autocarros públicos e várias viaturas. A resposta das autoridades foi severa, resultando num balanço trágico: o governo angolano e a Polícia Nacional reportaram dezenas de mortos (os números variam entre 22 e 30, dependendo do relatório), centenas de feridos (entre 197 e 277) e mais de um milhar de detenções (entre 1.214 e 1.515). Entre as vítimas mortais está Silvi Mubiala, de 33 anos, baleada enquanto procurava o filho perdido nos distúrbios, deixando seis órfãos e uma comunidade que acusa a polícia pela sua morte.

A situação gerou reações políticas, com o deputado moçambicano Venâncio Mondlane a comparar os protestos com a situação em Moçambique, afirmando que "o povo está cansado".

A resposta judicial foi imediata, com centenas de detidos a serem julgados em processos sumários, resultando em condenações, absolvições e prisões preventivas.

A dimensão dos tumultos e a gravidade das suas consequências indicam que a greve dos taxistas foi o catalisador de uma crise social latente, com implicações profundas para a estabilidade política e social de Angola.

ai briefingEm resumo
A greve dos taxistas em Angola, iniciada como um protesto contra o aumento dos combustíveis, transformou-se numa violenta manifestação de descontentamento social, resultando em dezenas de mortos, centenas de feridos, destruição generalizada e uma forte repressão judicial, evidenciando a fragilidade do tecido social angolano.

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