Sindicatos denunciam problemas persistentes no SNS do distrito da Guarda
A União de Sindicatos da Guarda (USG) denunciou a persistência de "inúmeros problemas" no Serviço Nacional de Saúde (SNS) no distrito, criticando a falta de profissionais e o modelo de gestão das Unidades de Saúde Familiar (USF). A estrutura sindical reivindica a contratação de mais trabalhadores, a valorização salarial e o fim da precariedade para garantir o acesso universal aos cuidados de saúde na região. Numa conferência de imprensa realizada junto ao centro de saúde de Seia, a União de Sindicatos da Guarda, afeta à CGTP-IN, traçou um quadro crítico da situação do SNS no distrito. José Pedro Branquinho, coordenador da USG, lembrou a promessa do Governo de resolver os problemas do SNS em 60 dias, afirmando que, pelo contrário, os problemas persistem, especialmente no interior.


A principal crítica visa a carência de médicos de medicina geral e familiar e o modelo das USF, que, segundo o sindicato, "reduzem o número de profissionais de saúde". A USG acusa o Governo de insistir em "alargar o modelo das parcerias público-privadas com o setor privado e o setor social", em detrimento do investimento direto no SNS.
Num distrito envelhecido e com uma população dispersa, o acesso aos cuidados de saúde é uma preocupação central. O sindicalista denunciou as dificuldades de acesso a consultas para as populações de concelhos como Seia e Figueira de Castelo Rodrigo, que têm de "deslocar-se dezenas de quilómetros". Embora reconhecendo como positiva a notícia de obras em centros de saúde, a USG questiona a sua utilidade se não houver profissionais para garantir o seu funcionamento regular, exemplificando com extensões de saúde renovadas que só têm médico "uma vez por mês". A USG manifestou ainda desconfiança sobre a dependência do financiamento da saúde em verbas do PRR, apontando para a baixa taxa de execução.
Em resumoA União de Sindicatos da Guarda alertou para a degradação contínua do SNS no distrito, apontando a falta de médicos e um modelo de gestão inadequado como principais causas. A organização sindical exige mais investimento, contratação e valorização dos profissionais para combater as desigualdades no acesso à saúde numa região envelhecida e do interior.
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