A principal crítica visa a carência de médicos de medicina geral e familiar e o modelo das USF, que, segundo o sindicato, "reduzem o número de profissionais de saúde". A USG acusa o Governo de insistir em "alargar o modelo das parcerias público-privadas com o setor privado e o setor social", em detrimento do investimento direto no SNS.

Num distrito envelhecido e com uma população dispersa, o acesso aos cuidados de saúde é uma preocupação central. O sindicalista denunciou as dificuldades de acesso a consultas para as populações de concelhos como Seia e Figueira de Castelo Rodrigo, que têm de "deslocar-se dezenas de quilómetros". Embora reconhecendo como positiva a notícia de obras em centros de saúde, a USG questiona a sua utilidade se não houver profissionais para garantir o seu funcionamento regular, exemplificando com extensões de saúde renovadas que só têm médico "uma vez por mês". A USG manifestou ainda desconfiança sobre a dependência do financiamento da saúde em verbas do PRR, apontando para a baixa taxa de execução.