A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) investigou o caso, concluindo que o desfecho fatal não teve ligação direta com a paralisação.
A ação de protesto consistiu numa greve às horas extraordinárias por parte dos técnicos do INEM, que decorreu entre 30 de outubro e 7 de novembro de 2024, coincidindo parcialmente com uma greve geral da administração pública. Durante este período, a 31 de outubro, um homem de 73 anos sentiu-se mal em casa, em Vendas Novas, e os meios de socorro demoraram 40 minutos a chegar. A morte do utente motivou a abertura de um inquérito pela IGAS para avaliar a atuação do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM.
Este processo foi um de 12 inquéritos abertos a óbitos ocorridos durante o período da greve, dos quais sete já foram concluídos. O relatório da IGAS, finalizado a 31 de julho de 2025, admitiu o "atraso" no socorro, mas concluiu que não foi possível estabelecer um nexo de causalidade entre a demora e a morte do utente.
Segundo a inspeção, as probabilidades de sobrevivência da vítima eram "bastante limitadas, quase nulas", devido ao seu quadro clínico.
O caso continua a ser investigado pelo Ministério Público, que tem em curso seis inquéritos relacionados com as mortes ocorridas durante a paralisação.
O relatório da IGAS foi remetido a várias entidades, incluindo o INEM, a Unidade Local de Saúde do Alentejo Central e o Ministério da Saúde.