Profissionais de saúde do Algarve avançam com greve de 24 horas
Profissionais de saúde da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve agendaram uma greve de 24 horas para o dia 7 de agosto, em protesto contra a exaustão acumulada e a exigência de mais recursos. A paralisação evidencia a crescente pressão sobre os serviços de saúde na região e insere-se num contexto nacional de carência de recursos humanos no Serviço Nacional de Saúde (SNS). O protesto no Algarve é sintomático de uma crise mais vasta que afeta o SNS, especialmente durante o período de verão, quando a procura aumenta e os profissionais necessitam de gozar férias. A situação é agravada por uma “escassez estrutural de recursos humanos”, conforme admitido pela Direção Executiva do SNS.
Um dos artigos que noticia a greve contextualiza-a com os problemas graves sentidos noutras unidades de saúde, como o Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra). Este hospital, que serve mais do dobro da população para a qual foi projetado, enfrenta um défice de 56 médicos e 229 enfermeiros. A recente abertura do novo Hospital de Sintra, em vez de aliviar a pressão, exacerbou-a ao desviar parte do pessoal do já depauperado Amadora-Sintra. Este cenário de má gestão e falta de planeamento a nível nacional alimenta o descontentamento que culmina em ações de protesto como a greve no Algarve.
Os profissionais de saúde algarvios juntam-se assim a outras vozes do setor que alertam para a insustentabilidade do sistema e exigem medidas urgentes para garantir a qualidade e segurança dos cuidados prestados à população.
Em resumoA greve agendada para 7 de agosto na ULS do Algarve reflete a exaustão e a carência de recursos que afetam o SNS a nível nacional, com os profissionais a exigirem melhores condições para garantir a qualidade dos cuidados de saúde na região, num protesto que espelha uma crise sistémica.
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