Greve dos trabalhadores da Menzies causa caos e cancelamentos no Aeroporto de Lisboa
Uma greve de quatro dias dos trabalhadores da empresa de 'handling' Menzies está a provocar perturbações significativas nos aeroportos portugueses, nomeadamente em Lisboa, com dezenas de voos cancelados em plena época alta do turismo. Esta paralisação, a segunda de cinco agendadas para o verão, reflete um impasse negocial entre a empresa e os sindicatos, gerando um clima de incerteza para milhares de passageiros. A greve, que teve início às 00:00 de 8 de agosto e se prolonga até 11 de agosto, foi convocada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e pelo Sindicato dos Transportes (ST). As reivindicações centram-se na melhoria das condições laborais, incluindo o fim de vencimentos base abaixo do salário mínimo nacional, aumentos salariais, o cumprimento do pagamento das horas noturnas e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento. O impacto da paralisação foi imediato, com o cancelamento de 12 partidas e oito chegadas no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, até às 10:00 do primeiro dia, segundo o secretário-geral do SIMA, José Simões. O aeroporto da capital é o mais afetado, onde trabalham cerca de 2.000 dos 3.500 funcionários da Menzies em Portugal.
A situação agrava-se pelo facto de esta ser a segunda de cinco greves planeadas para os fins de semana de agosto, um período crítico para o turismo. O conflito laboral é marcado por uma troca de acusações entre as partes.
O SIMA acusa a administração da Menzies de "intransigência" e de optar "pelo confronto em vez do diálogo". Por sua vez, a empresa acusa os sindicatos de promoverem "uma narrativa distorcida, baseada em alegações infundadas e demonstrarem falta de disponibilidade para um diálogo justo e honesto", indicando um impasse profundo que ameaça prolongar o caos nos aeroportos nacionais durante o resto do verão.
Em resumoA greve dos trabalhadores da Menzies, motivada por reivindicações salariais e de condições de trabalho, está a causar cancelamentos de voos e perturbações significativas no Aeroporto de Lisboa. A falta de diálogo entre a empresa e os sindicatos agrava o conflito, com mais paralisações previstas para os fins de semana de agosto, afetando a operação aeroportuária em plena época turística.
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