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Atualidade August 8, 2025

Greve na saúde do Algarve evidencia falta de profissionais e tensão com a administração

Profissionais de saúde do Algarve, incluindo médicos, enfermeiros e outros trabalhadores do SNS, realizaram uma greve de 24 horas para exigir melhores condições de trabalho e o reforço de pessoal. A paralisação, que ocorreu em plena época alta do turismo na região, resultou no encerramento de centros de saúde e no cancelamento de cirurgias, expondo as fragilidades crónicas do setor na região e uma acentuada divergência entre os sindicatos e a administração da Unidade Local de Saúde (ULS).

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A greve, convocada pelo Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas do Sul, teve um impacto considerável nos serviços.

Várias Unidades de Saúde Familiar (USF) em Faro e Loulé encerraram, e no Hospital de Faro, o bloco operatório funcionou apenas com serviços mínimos, cancelando todas as cirurgias programadas, exceto as oncológicas.

A adesão à greve foi um ponto de discórdia: os sindicatos apontaram para uma participação global entre 70% e 80% (60% entre médicos e 80% entre enfermeiros), enquanto a ULS do Algarve estimou uma adesão de apenas 24% no turno da manhã. André Gomes, do SMZS, sublinhou que a situação vivida nas urgências durante a greve reflete a realidade diária, marcada pela "escassez crónica de profissionais", exemplificando com a existência de apenas uma médica de cuidados paliativos para o Algarve Central.

Em contrapartida, o presidente da ULS do Algarve, Tiago Botelho, considerou a greve incompreensível, sugerindo que tinha "motivações políticas" e que o caderno reivindicativo "não faz sentido". Esta acusação foi prontamente rejeitada pelo secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, que a classificou como "indecente", evidenciando a profunda fratura entre os trabalhadores e a gestão da saúde na região.

ai briefingEm resumo
A greve dos profissionais de saúde no Algarve paralisou vários serviços, incluindo centros de saúde e cirurgias programadas, para alertar para a falta de pessoal e o desgaste profissional. A paralisação revelou um conflito aberto entre os sindicatos, que reivindicam melhores condições e reportam alta adesão, e a administração da ULS, que minimiza o impacto e atribui a greve a motivações políticas.

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