A IGAS investigou 12 óbitos, e os relatórios sobre os casos de Montemor-o-Velho e Pombal concluíram pela inexistência de uma ligação direta entre os atrasos e as mortes.

No primeiro caso, a chamada para o 112 foi feita 21 minutos após a vítima ser encontrada inconsciente, um atraso que, segundo a peritagem médica, tornaria a recuperação "praticamente impossível".

Contudo, a investigação global da IGAS já associou duas outras mortes, de um total de nove casos concluídos, aos atrasos no socorro, o que sublinha a gravidade da situação. Estes relatórios ilustram o dilema entre o direito à greve e a garantia de serviços mínimos eficazes num setor onde cada minuto conta, evidenciando a vulnerabilidade do sistema de emergência médica e a necessidade de encontrar um equilíbrio que não coloque em risco a vida dos cidadãos.