O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e o Sindicato dos Transportes (ST) exigem o fim de vencimentos base abaixo do salário mínimo nacional, a atualização salarial e o cumprimento do pagamento das horas noturnas.

A empresa e os sindicatos têm trocado acusações de intransigência, com o SIMA a criticar a administração da Menzies por optar “pelo confronto em vez do diálogo, recusando soluções que respeitassem os direitos dos trabalhadores”. A empresa, por sua vez, acusa os sindicatos de promoverem “uma narrativa distorcida, baseada em alegações infundadas”.

As paralisações, agendadas para cinco períodos de quatro dias durante o verão, têm tido um impacto direto na operação aeroportuária, principalmente em Lisboa, mas também com reflexos em Faro, Porto e Funchal. Os artigos reportam o cancelamento de dezenas de voos em dias de greve, como os 12 voos de partida e oito de chegada cancelados num só dia, e “atrasos significativos” que afetam a pontualidade das companhias aéreas, incluindo a TAP. A ANA – Aeroportos de Portugal emitiu avisos aos passageiros, aconselhando-os a contactar as companhias aéreas antes de se deslocarem para o aeroporto. A persistência do impasse levou os sindicatos a admitir o prolongamento da luta caso as suas exigências não sejam atendidas, o que poderá agravar o caos nos aeroportos nacionais durante o restante período de férias.