O cerne da contestação reside no regime laboral excecional do Hospital de Cascais. Por ser a única unidade hospitalar gerida em regime de PPP, os seus enfermeiros cumprem um horário de 40 horas semanais, em contraste com as 35 horas praticadas no resto da Administração Pública. Isabel Barbosa, dirigente do SEP, sublinha que esta diferença se traduz em desigualdade de direitos, afetando não só o horário, mas também a remuneração de horas noturnas e de fim de semana, que é “bastante inferior”, e a progressão na carreira. A “grave carência” de profissionais é outro ponto crítico, com a dirigente sindical a alertar para o seu impacto direto nos cuidados aos utentes: “Temos a cirurgia com 15 camas encerradas, 21 camas encerradas na medicina por falta de enfermeiros e seis no serviço de pediatria”.
Esta situação, segundo o sindicato, leva à “exaustão” e a uma “grande rotatividade nos serviços”.
O abaixo-assinado será entregue à administração do hospital, a quem já foi solicitada uma reunião.
O SEP defende que a solução estrutural passa pela reversão do hospital para a “esfera pública”, de modo a garantir a harmonização de direitos e acabar com o que considera ser a “exploração destes enfermeiros”. A falta de resposta às reivindicações poderá levar a formas de luta mais ativas, como a greve.












