A elevada adesão à greve, superior a 90%, demonstra a união e a frustração da classe perante a "ausência de resposta do Governo".

A paralisação tem implicações que transcendem o âmbito interno do IPMA, podendo afetar a prestação de informação meteorológica a setores vitais, como os aeroportos e aeródromos, o que sublinha a importância estratégica destes profissionais. Em resposta, o Ministério da Agricultura e do Mar, que tutela o IPMA, afirmou estar a "articular esforços" com o Ministério das Finanças para solucionar o problema, reconhecendo a legitimidade de uma "aspiração dos trabalhadores que remonta a 2017". A greve funciona, assim, como um mecanismo de pressão para acelerar uma decisão política sobre uma reestruturação de carreiras que tarda em ser implementada.