A paralisação, que afeta a empresa Menzies (antiga Groundforce), ameaça perturbar o tráfego aéreo em épocas de grande movimento, como o Natal e o Ano Novo.

A convocatória de greve surge após o cancelamento de paralisações previstas para agosto, indicando um agravar do conflito laboral.

A ação é liderada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e pelo Sindicato dos Transportes (ST), visando a empresa de assistência em terra Menzies.

As reivindicações centrais dos trabalhadores focam-se na melhoria das condições salariais e laborais.

Exigem o fim de vencimentos base inferiores ao salário mínimo nacional, uma situação que a própria TAP, enquanto acionista, terá considerado ilegal.

Adicionalmente, os trabalhadores reclamam o pagamento das horas noturnas e a manutenção de direitos adquiridos, como o acesso ao estacionamento. A extensão da greve, de 3 de setembro de 2025 a 2 de janeiro de 2026, é particularmente significativa, pois abrange períodos de elevado tráfego de passageiros, incluindo fins de semana prolongados, o Natal e o Ano Novo.

Esta calendarização estratégica visa maximizar o impacto da paralisação, pressionando a administração da Menzies e da TAP a negociar.

A empresa, por sua vez, afirma que o cancelamento das greves anteriores não resultou de qualquer acordo, mantendo a sua posição "inalterada".

O conflito expõe as tensões no setor da aviação, onde a precariedade e os baixos salários continuam a ser um ponto de discórdia, com potencial para causar constrangimentos significativos aos passageiros e à economia.