A principal fonte de tensão reside nas questões salariais e na revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD).

Movimentos como a Missão Escola Pública (MEP) definem a revisão salarial como uma "linha vermelha", prometendo um "ano de luta" se não houver progressos.

As negociações, agendadas para recomeçar a 15 de setembro, centrar-se-ão nas prometidas alterações aos vencimentos dos primeiros escalões da carreira. Para além dos salários, os professores exigem a eliminação das vagas de acesso aos escalões e uma revisão do modelo de avaliação de desempenho, pontos que consideram cruciais para a valorização da profissão. A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) partilha da preocupação, sublinhando que a questão salarial é "muito importante" para "manter a paz" nas escolas. O cenário aponta para uma elevada probabilidade de perturbações, caso o diálogo entre o Governo e os sindicatos não produza resultados concretos, perpetuando a instabilidade que tem afetado o sistema de ensino nos últimos anos.