A paralisação, que une o Sindicato dos Transportes (ST) ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), visa reivindicar melhores condições salariais e laborais, num conflito que expõe a precariedade no setor da assistência em escala.
A greve, com um pré-aviso que se estende por mais de quatro meses, abrange todos os aeroportos nacionais e incide sobre períodos de elevado movimento, como fins de semana prolongados, o Natal e o Ano Novo, o que potencia um impacto significativo nas operações aéreas. Na base do protesto estão reivindicações estruturais, como a existência de salários base inferiores ao salário mínimo nacional de 870 euros, o não pagamento de componentes remuneratórias em atraso, a falta de pagamento por trabalho noturno e a violação de compromissos assumidos em acordos anteriores. Os sindicatos acusam a Menzies e a administração da TAP, acionista da empresa, de ignorarem as propostas “credíveis e construtivas” apresentadas, mesmo após o cancelamento de greves anteriores como sinal de boa-fé.
Segundo os representantes dos trabalhadores, “não nos resta outra solução senão voltar à luta”, face ao descontentamento generalizado com condições laborais consideradas indignas.
A empresa, por sua vez, mantém uma posição inflexível, reafirmando que não alterará os compromissos assumidos até 2029.
Este impasse prolongado poderá resultar em “graves perturbações nos serviços aeroportuários”, afetando milhares de passageiros numa altura de elevada procura e colocando em evidência as tensões laborais num setor vital para a economia nacional.














