A paralisação, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), evidencia a crescente precarização e a fuga de profissionais numa instituição mutualista com um papel social relevante na região. O sindicato descreve a situação na associação mutualista como “caótica”, apontando como causas principais a “falta de enfermeiros e à desregulação dos horários”.
Os trabalhadores denunciam que a administração procedeu à “alteração unilateral das condições de trabalho”, reduziu as remunerações e desregulou os horários, o que provocou uma “crescente saída de enfermeiros da instituição”.
Esta situação resultou numa “sobrecarga de trabalho e na revolta dos profissionais”.
O conflito agravou-se após a administração do Montepio Rainha D. Leonor (MRDL) ter ignorado uma proposta negocial apresentada pelo SEP em 27 de junho.
A proposta visava melhorar as condições de trabalho e remuneratórias, alinhando-as com as praticadas no setor privado social, numa tentativa de “estancar as saídas de enfermeiros e garantir a captação de outros”. Quase dois meses após a sua apresentação, a ausência de qualquer resposta por parte do Conselho de Administração foi a gota de água que levou à manutenção da greve.
A paralisação afeta uma instituição histórica, fundada em 1860, que disponibiliza serviços médicos, um centro de apoio a idosos e um condomínio residencial assistido, sublinhando o impacto potencial da instabilidade laboral na comunidade local.














