Os aeroportos nacionais enfrentam a ameaça de paralisações prolongadas, com o Sindicato dos Transportes (ST) a anunciar uma greve na Menzies Aviation que se estenderá de setembro de 2025 a janeiro de 2026. Esta ação laboral, que se junta a uma paralisação já convocada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), expõe um profundo descontentamento no setor de assistência em escala e poderá causar perturbações significativas durante os períodos festivos de Natal e Ano Novo. A greve, que abrangerá os trabalhadores da antiga Groundforce em todos os aeroportos do país, tem como base um caderno reivindicativo focado em questões salariais e de condições de trabalho. Os sindicatos denunciam a existência de "salários abaixo do mínimo nacional", o não pagamento de componentes remuneratórias em atraso e a ausência de remuneração pelo trabalho noturno. Além disso, acusam a empresa de violar compromissos assumidos em acordos anteriores, incluindo direitos adquiridos como o acesso a estacionamento.
A união dos dois sindicatos (ST e SIMA) demonstra uma frente laboral coesa e determinada.
O ST afirma ter tentado evitar a paralisação através de propostas "credíveis e construtivas", mas acusa a Menzies e a administração da TAP, acionista da empresa, de recusarem qualquer solução viável.
O sindicato revela ter cancelado greves anteriores como sinal de boa-fé, sem que tal resultasse em qualquer avanço negocial. O calendário das paralisações, que se estende por mais de quatro meses, prevê períodos sucessivos de greve, com especial incidência em dias de elevado movimento, como fins de semana prolongados e as épocas de Natal e Ano Novo. Esta estratégia visa maximizar o impacto da greve, alertando para a precariedade de um setor essencial para o funcionamento da aviação e do turismo em Portugal.
Em resumoA greve prolongada na Menzies Aviation, convocada em conjunto pelo ST e pelo SIMA, ameaça causar perturbações significativas nos aeroportos nacionais entre setembro de 2025 e janeiro de 2026. As principais reivindicações centram-se em salários dignos, pagamento de horas noturnas e cumprimento de acordos anteriores, refletindo um profundo descontentamento com as condições laborais no setor de assistência em escala.