A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) denunciou uma situação de "abuso" e "injustiça" na Divisão Policial de Vila do Conde, onde os agentes têm sido sistematicamente privados das suas folgas de fim de semana ao longo de 2025. A queixa, formalizada por duas dezenas de polícias, revela um estado de "revolta e exaustão" e aponta para as graves consequências da falta de efetivos nas forças de segurança. Segundo a ASPP/PSP, o comando tem recorrido de forma contínua a "Despachos de Exceção" para efetuar o corte de folgas, uma medida que deveria ser aplicada apenas em situações extraordinárias. No entanto, desde o início do ano, foram contabilizados trinta e quatro destes despachos, o que significa que, em todos os fins de semana, os polícias das esquadras de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Santo Tirso "viram-se privados do seu merecido descanso".
A associação sindical classifica este comportamento como "repleto de injustiça e imoralidade por parte da instituição PSP para com os seus profissionais".
A denúncia sublinha que esta privação constante do descanso e da vida pessoal e familiar está a levar os agentes a um "imenso estado de revolta e exaustão".
A ASPP/PSP reitera que tem vindo a alertar as diversas instâncias, desde comandos locais ao Governo e partidos políticos, para a "escassez de polícias e quais as suas consequências", sendo o corte sistemático de folgas uma das mais visíveis.
A situação expõe a pressão extrema sobre os efetivos existentes e levanta sérias preocupações sobre o bem-estar dos agentes e a sustentabilidade da capacidade operacional da PSP na região.
Em resumoA ASPP/PSP denunciou que os agentes da Divisão de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Santo Tirso foram privados de todas as folgas de fim de semana em 2025 através de "Despachos de Exceção". Esta prática, atribuída à falta de efetivos, gerou um "imenso estado de revolta e exaustão" entre os profissionais, evidenciando uma grave crise de recursos humanos na PSP.