A paralisação, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, visa a manutenção das 35 horas semanais e a reposição de subsídios. A greve dos enfermeiros do Montepio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, foi despoletada pela decisão da administração de alterar o contrato coletivo de trabalho, que em 2023 passou da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) para o da Associação Portuguesa de Mutualidades (APM). Esta mudança, descrita como "unilateral" pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), resultou na implementação de um horário de 40 horas semanais e na eliminação de subsídios de turno, que anteriormente correspondiam a 15% ou 25% da remuneração. Os profissionais de saúde reclamam a manutenção das 35 horas semanais, a regularização das condições laborais e a recuperação salarial, com a delegada sindical Cristina Rodrigues a salientar que, com 17 anos de serviço, recebe um ordenado base de 1.531 euros, abaixo do valor mínimo do setor público. A adesão à greve é um ponto de discórdia: o sindicalista Rui Marroni reportou uma "adesão de 100%", enquanto a direção da instituição, através do enfermeiro Manuel António Ferreira, indicou que no turno da manhã a adesão foi de 66,7%. A administração, presidida por Paulo Ribeiro, afirma ter atualizado os salários em 2,1% este ano e proposto novos aumentos, assegurando ainda que, apesar da eliminação dos subsídios de turno, o trabalho suplementar passou a ser pago a 100%.
O SEP acusa a direção de criar condições que levam à saída de profissionais, gerando uma "agravada falta de adequada dotação das equipas de enfermagem".














