A situação levou a episódios dramáticos, como o nascimento de uma bebé na autoestrada A1, e motivou uma reunião entre os autarcas da região e a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

No entanto, os autarcas saíram do encontro “sem respostas concretas”, com o vereador de Alenquer, Paulo Franco, a afirmar que as preocupações “ficaram na mesma”.

A ministra garantiu que não haverá encerramentos definitivos de maternidades, mas admitiu falhas de coordenação e a necessidade de concentrar recursos.

No centro do conflito está também a gestão dos médicos tarefeiros.

O Governo propõe um novo regime que impede médicos que não celebrem contrato com o SNS ou que tenham rescindido nos últimos três anos de prestar serviços nos hospitais públicos.

O objetivo, segundo a ministra, é garantir “justiça” salarial, corrigindo a disparidade entre os valores pagos aos tarefeiros (entre 47 e 100 euros por hora) e às equipas do SNS.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) tem sido crítica destas políticas, sendo acusada pela ministra de manter um “discurso duplo”.

Os sindicatos médicos rejeitam ainda a mobilidade obrigatória de profissionais, prevista no plano de reorganização da rede de urgências, aprofundando o impasse negocial com a tutela.