Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa anunciaram novas greves parciais para os dias 9 e 11 de setembro, em protesto pela contínua "falta de respostas às reivindicações" por parte da administração e da tutela governamental. Esta paralisação insere-se num quadro de contestação laboral prolongada e ameaça causar perturbações significativas num dos principais sistemas de transporte público da capital. A convocatória, emitida pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), detalha que a greve ocorrerá em horários distintos para os diferentes setores da empresa, visando maximizar o impacto da ação de protesto.
Os trabalhadores da operação paralisarão entre as 05h00 e as 10h00, o setor oficinal das 07h00 às 12h00, os setores fixos e administrativos das 07h30 às 12h30, e os serviços noturnos e de via das 02h00 às 07h00.
A Fectrans sublinha que, apesar da disponibilidade para o diálogo, a ausência de "propostas concretas em tempo útil antes do início da greve" levará as organizações sindicais a dar "cumprimento à vontade manifestada nos plenários de endurecimento da luta". A estrutura sindical apela à unidade e determinação dos trabalhadores, considerando que estas serão cruciais para o "êxito da justa luta que é de todos e para todos". O Metropolitano de Lisboa, que opera diariamente entre as 06h30 e as 01h00, enfrenta assim a perspetiva de mais um período de constrangimentos, afetando milhares de passageiros que dependem das suas quatro linhas para as deslocações diárias na área metropolitana.
Em resumoA greve agendada para o Metro de Lisboa em setembro reflete a persistência de um conflito laboral motivado pela ausência de resposta às exigências dos trabalhadores. A paralisação parcial, com horários diferenciados por setor, visa pressionar a administração, com a Fectrans a alertar para um possível endurecimento das ações de luta caso as negociações não avancem.