A greve, convocada pelo Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP), consiste na paralisação das duas últimas horas de cada turno e visa exigir a melhoria das condições laborais, nomeadamente no que concerne à evolução das carreiras e ao horário de trabalho.

Segundo o secretário-geral do SIEAP, Cláudio Santiago, o horário foi "unilateralmente alterado, sem escutar as estruturas dos trabalhadores", resultando numa "carga [horária] tremenda durante o verão".

A adesão à greve tem sido "boa", reduzindo a operação de 12 para apenas duas gruas.

O sindicato admite avançar para uma "greve total" se a administração mantiver uma postura "radicalizada".

Em contrapartida, a diretora-geral da PSA Sines, Nichola Silveira, afirma que os colaboradores da empresa "são os mais bem pagos na indústria de terminais de contentores em Portugal" e que o Tribunal da Relação de Évora reconheceu a conformidade do horário de trabalho com a legislação laboral. A administração alerta ainda para os impactos negativos da greve no volume de movimentos e nos fluxos comerciais de Portugal.