A ação de luta consiste em exigir que os reclusos inativos permaneçam 22 horas por dia nas celas, como forma de garantir a segurança face ao número insuficiente de guardas. Este protesto prolongado evidencia uma crise estrutural de recursos humanos nas prisões portuguesas.
De acordo com os dados apresentados, existe um défice de cerca de dois mil guardas prisionais em todo o país, com 14% a 17% do efetivo ausente diariamente por motivos de saúde. A situação é agravada pelo envelhecimento do corpo da guarda, com "centenas" de profissionais a aproximarem-se da idade de reforma. O sindicato argumenta que a falta de pessoal gera uma sobrecarga de trabalho insustentável, com muitos guardas a acumularem mais de 180 horas mensais e a verem as suas folgas suprimidas. A ação no Linhó é, portanto, um reflexo de um problema nacional, onde a segurança é comprometida pela incapacidade de assegurar a vigilância adequada.
O sindicato liderado por Frederico Morais defende que, enquanto persistir a falta de efetivos, a única forma de mitigar os riscos é reduzir o tempo que os reclusos passam fora das celas.
Esta medida visa expor as falhas do sistema e pressionar o Governo a tomar medidas urgentes para valorizar a carreira e acelerar o recrutamento.












