A paralisação, convocada pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), surge como resposta à "falta de respostas às suas reivindicações" por parte da administração da empresa e da tutela governamental.
A convocatória para a greve no Metropolitano de Lisboa revela um clima de tensão laboral persistente no setor dos transportes públicos.
A paralisação está estrategicamente planeada para os períodos de maior afluência, afetando diversos setores da empresa em horários distintos, o que maximiza o seu impacto. Os trabalhadores da operação pararão das 05:00 às 10:00, afetando diretamente a hora de ponta da manhã, enquanto os setores oficinal, administrativo e noturno terão os seus próprios períodos de greve.
Esta segmentação demonstra uma organização cuidada por parte das estruturas sindicais, visando abranger toda a força de trabalho e paralisar serviços essenciais de forma coordenada. A Fectrans sublinha que a decisão de avançar para a greve reflete a vontade expressa nos plenários de trabalhadores de "endurecimento da luta", indicando um mandato claro da base para uma postura mais firme. A principal causa apontada é a ausência de "propostas concretas" por parte da empresa e da tutela, sugerindo um impasse negocial prolongado.
O sindicato mantém, no entanto, a porta aberta ao diálogo, manifestando "inteira disponibilidade" para negociar, mas coloca um ultimato claro: ou surgem propostas até ao início da greve, ou a paralisação avançará.
Este conflito laboral, que afeta as quatro linhas do metropolitano, evidencia os desafios que as empresas públicas de transporte enfrentam, equilibrando as reivindicações dos trabalhadores com as restrições orçamentais e as exigências de um serviço público essencial para milhões de cidadãos.













