As reivindicações centram-se em questões salariais e laborais fundamentais, incluindo o fim de salários inferiores ao mínimo nacional de 870 euros, aumentos salariais, o pagamento de horas noturnas e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento. Este novo pré-aviso de greve surge após o cancelamento de paralisações que estavam agendadas para agosto, indicando um impasse nas negociações. O calendário da greve é extenso, cobrindo vários períodos em setembro, outubro, novembro, dezembro e início de janeiro, o que potencia um impacto significativo no transporte aéreo, especialmente durante os feriados de Natal e Ano Novo. O aeroporto de Lisboa é apontado como o mais vulnerável, uma vez que concentra cerca de dois mil dos 3.500 funcionários da empresa. Como resposta à convocatória, o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social decretou serviços mínimos para mitigar os constrangimentos: será obrigatória a realização de 100% dos voos no continente e ilhas e de 35% dos voos internacionais. A longa duração da greve e a sua calendarização em períodos de pico de viagens sublinham a gravidade do conflito laboral e a sua potencial consequência para milhares de passageiros.