A FNAM exige a retoma urgente das conversações em setembro, após a recusa das EPE em assinar um acordo parcial que já havia sido negociado. O conflito laboral intensificou-se após a última reunião, a 28 de julho, onde se chegou a um compromisso para um acordo parcial e transitório que incluía sete cláusulas.

Estas visavam melhorias nas condições de trabalho, como a harmonização de regimes contratuais e alterações na organização do horário semanal e dos períodos de descanso.

Contudo, as EPE, que englobam as Unidades Locais de Saúde, comunicaram a sua recusa em assinar o acordo no último dia do prazo estabelecido, o que a FNAM considerou um bloqueio deliberado.

A federação sindical propôs novas datas para retomar o diálogo — 15, 16 ou 19 de setembro —, manifestando "inteira disponibilidade" para negociar.

A situação é agravada pelo facto de, em 30 de dezembro de 2024, o Governo ter assinado um acordo de valorização salarial apenas com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), excluindo a FNAM do processo. Perante o impasse, a FNAM já tinha solicitado a mediação da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para as negociações com as EPE, um processo que já contou com três reuniões de conciliação este ano. A federação reitera que a responsabilidade pelo bloqueio é do Ministério da Saúde e das EPE, exigindo seriedade e respeito na retoma das negociações.