A decisão de avançar para a greve foi tomada após os sindicatos, representados pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), considerarem insuficiente a proposta final apresentada pela empresa.

A administração do Metropolitano de Lisboa propôs um aumento do subsídio de refeição para 12 euros, um acréscimo na contribuição para o refeitório e a atribuição de um ponto para trabalhadores não pertencentes a chefias. No entanto, reivindicações cruciais dos trabalhadores ficaram por atender, nomeadamente a fixação de um horário máximo de trabalho semanal de 37,5 horas e a equiparação das férias dos trabalhadores da linha vermelha às dos restantes colegas.

A Fectrans afirmou a sua "inteira disponibilidade" para negociar, mas alertou que, na ausência de "propostas concretas em tempo útil", as organizações sindicais darão seguimento à vontade expressa nos plenários de "endurecimento da luta".

As greves parciais foram estruturadas para impactar diferentes áreas da operação em horários distintos: os trabalhadores da operação param das 05h00 às 10h00, os do setor oficinal das 07h00 às 12h00, os dos setores fixos e administrativos das 07h30 às 12h30, e os dos serviços noturnos e via das 02h00 às 07h00.

Este impasse negocial reflete a tensão laboral na empresa de transportes públicos, com potencial para causar constrangimentos significativos aos utentes da capital portuguesa.