A paralisação, que coincide com períodos de grande movimento como o Natal e o Ano Novo, levanta preocupações sobre o impacto nos voos e nos passageiros.

A greve dos trabalhadores da Menzies Aviation (antiga Groundforce), convocada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), abrange todos os aeroportos nacionais, incluindo Lisboa, Porto, Faro, Madeira e Açores, e prolonga-se de 3 de setembro de 2025 a 2 de janeiro de 2026. A paralisação incide sobre períodos de grande afluência, como fins de semana prolongados e as épocas festivas do Natal e Ano Novo, o que motivou a ANA - Aeroportos da Madeira a alertar os passageiros para confirmarem o estado dos seus voos.

As reivindicações dos trabalhadores são claras e centram-se na melhoria das condições laborais.

Exigem o fim de ordenados base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento das horas noturnas, a manutenção de direitos adquiridos, como o acesso ao estacionamento, e o cumprimento de um memorando de entendimento previamente assinado com a empresa.

Em resposta, a Menzies Aviation afirmou que os compromissos assumidos até 2029 não sofreram alterações.

Dada a extensão e o impacto potencial da greve, o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social interveio, decretando serviços mínimos descritos como "inéditos no setor".

Esta decisão assegura a realização de 100% dos voos de e para o Continente e as Regiões Autónomas e 35% dos voos internacionais. Estão igualmente garantidos os voos críticos de segurança e emergência, voos militares e de Estado, e aqueles que já se encontrem em curso no início da paralisação.