A convocatória de uma greve de 76 dias pelos trabalhadores da empresa de handling Menzies Aviation, com início a 3 de setembro de 2025, levanta preocupações sobre o funcionamento dos aeroportos nacionais durante períodos de elevada afluência, como o Natal e o Ano Novo. A paralisação, que abrange todos os aeroportos do país, surge na sequência de reivindicações salariais e de condições de trabalho. A greve, que se prolongará até 2 de janeiro de 2026, foi convocada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e assenta num caderno reivindicativo claro. Os trabalhadores exigem o fim de ordenados base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento das horas noturnas, a manutenção de direitos adquiridos, como o acesso ao estacionamento, e o cumprimento de um memorando de entendimento previamente assinado com a empresa. A longa duração da paralisação, que atravessa um período de grande movimento nos aeroportos, incluindo as épocas festivas do Natal e do Ano Novo, evidencia a profundidade do conflito laboral.
Como resposta à convocatória, o tribunal decretou serviços mínimos para mitigar o impacto nos passageiros e nas operações aéreas.
Apesar desta medida, a ANA – Aeroportos da Madeira alertou os passageiros para a possibilidade de perturbações, recomendando a confirmação dos voos junto das companhias aéreas.
A tensão entre o sindicato e a empresa subiu de tom, com o SIMA a anunciar a intenção de avançar com um processo em tribunal contra a Menzies, indicando que o diferendo extravasa a negociação laboral direta.
Embora os primeiros relatos apontem para um “impacto reduzido” no início da paralisação, a extensão da greve e o conflito judicial sugerem um período de incerteza e potencial perturbação no setor da aviação em Portugal.
Em resumoA greve dos trabalhadores da Menzies, motivada por reivindicações salariais e de condições de trabalho, estende-se por vários meses, afetando todos os aeroportos nacionais. Apesar de um impacto inicial reduzido, a duração da paralisação e a ação judicial do sindicato contra a empresa indicam um conflito laboral profundo, com potencial para perturbações significativas no transporte aéreo.