Os representantes sindicais apontam a externalização do serviço como uma das causas para a alegada perda de qualidade e segurança.
Vários sindicatos, incluindo a Fectrans e o STRUP, denunciaram que os trabalhadores da Carris vinham "reportando de há muito tempo questões da necessidade da manutenção destes elevadores voltar à responsabilidade dos trabalhadores da Carris e não ser entregue a empresas exteriores". Segundo Manuel Leal, dirigente sindical, existiam "queixas sucessivas dos trabalhadores que lá laboram quanto ao nível de tensão dos cabos de sustentação destes elevadores", o que poderia causar dificuldades no sistema de travagem. A situação contrasta com o modelo anterior a 2007, quando a manutenção era assegurada internamente por uma equipa de 24 funcionários em turnos de oito horas, garantindo uma vigilância de 24 horas por dia. Com a externalização, o serviço passou a ser assegurado por apenas seis pessoas, e as vistorias diárias reduziram-se para cerca de 30 minutos.
No dia do acidente, a vistoria durou 33 minutos.
O sindicato SITRA, através de Francisco Oliveira, também admitiu que a tragédia abala a confiança na Carris. A Fectrans exige um "rigoroso inquérito" que verifique não só as causas imediatas, mas também "os efeitos das medidas gestionárias que optaram pela externalização do serviço de manutenção".
Para os sindicatos, o descarrilamento veio, "lamentavelmente, dar razão a estas queixas", defendendo que a administração deve "reequacionar a entrega a privados desta manutenção".














