Segundo a carta entregue ao ministério, esta situação resulta numa “perda efetiva de vencimento por permanência em, pelo menos, um escalão abaixo”, com reflexos “graves e irreversíveis no valor da reforma”.

A principal reivindicação do movimento resume-se na frase: “Não pode haver professores de primeira e de segunda dentro da mesma carreira”. O descontentamento é agravado pelo que os professores consideram ser o “silêncio do Governo”, apesar de, em março, a Assembleia da República ter aprovado vários projetos de resolução que recomendavam o justo reposicionamento, revelando um “consenso político sobre esta arbitrariedade”.

A luta destes docentes não se limita a manifestações; o movimento lançou também uma iniciativa legislativa de cidadãos que já ultrapassou as 10.000 assinaturas, demonstrando uma mobilização significativa e persistente. A ação em frente ao ministério simboliza a frustração acumulada ao longo de sete anos desde a publicação da portaria, sublinhando que as sucessivas alterações legislativas apenas criaram uma “manta de retalhos” que agrava a desigualdade existente.

A falta de uma solução definitiva por parte da tutela alimenta a desconfiança e fragiliza a autoridade das instituições, minando a confiança dos professores no Estado.