De acordo com a análise estatística, dos trabalhadores abrangidos, 4.578 foram efetivamente despedidos.
O número de empresas que recorreram a este mecanismo também subiu 13,3%, totalizando 332 processos, um valor que não era visto desde o início da pandemia. A tendência de subida tem vindo a acentuar-se desde 2022, sendo que o total de trabalhadores afetados este ano já é mais do dobro do registado em igual período de 2023, quando foram 2.140.
A principal razão apontada pelas empresas para justificar os despedimentos é a “redução de pessoal”, que representa 53% dos casos.
Geograficamente, a região de Lisboa e Vale do Tejo é a mais afetada, com 166 processos comunicados, seguida pela região Norte, com 100.
Apenas no mês de julho, 81% dos 781 trabalhadores despedidos pertenciam à região da capital.
Setorialmente, as indústrias transformadoras e as atividades de consultoria, científicas e técnicas foram as mais atingidas.
A análise revela ainda que a maioria dos processos de despedimento coletivo foi iniciada por pequenas e microempresas, que representam 38,6% e 36,1% do total, respetivamente.
Estes números sugerem uma crescente pressão económica sobre as empresas de menor dimensão, sinalizando uma potencial instabilidade no tecido empresarial português.














