A paralisação evidencia o impasse nas negociações sobre condições laborais, apesar dos apelos da administração para a sua suspensão.

A adesão à greve foi elevada, resultando no encerramento de todas as estações e na suspensão total da circulação de comboios até às 10h30.

A ausência de serviços mínimos, não decretados pelo tribunal arbitral, agravou o impacto da paralisação, gerando o caos nos transportes alternativos.

Milhares de passageiros foram forçados a recorrer aos autocarros, que circulavam com lotação esgotada, originando “filas intermináveis” e momentos de tensão, com relatos de passageiros a serem pisados na confusão. As principais reivindicações dos trabalhadores, representados por várias organizações sindicais, centram-se no aumento dos subsídios de refeição, de férias e de Natal, bem como em alterações ao horário máximo de trabalho semanal.

As propostas apresentadas pela administração do Metropolitano, descritas pela empresa como um “compromisso robusto e consistente”, foram rejeitadas em plenário pelos trabalhadores, que decidiram manter a paralisação.

A empresa lamentou a decisão, considerando a greve “injustificada” e reiterando a sua disponibilidade para o diálogo.

Este conflito laboral expõe a crescente insatisfação dos trabalhadores e a dificuldade em alcançar um entendimento que equilibre as suas exigências com a sustentabilidade financeira da empresa, deixando milhares de utentes como os principais lesados.