O Governo inicia esta semana o debate com os parceiros sociais, mas o consenso parece distante.

As confederações patronais, por seu lado, consideram a proposta uma “boa base de negociação”, embora pretendam que as mudanças vão mais longe.

Em contrapartida, as centrais sindicais são unânimes na crítica.

Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP, afirma que o pacote laboral é um “verdadeiro ataque aos direitos de quem trabalha” e convocou uma manifestação para 20 de setembro, sublinhando que “nenhuma forma de luta está excluída”. Mário Mourão, líder da UGT, partilha da mesma visão, classificando a proposta como uma “obsessão ideológica” e declarando que, se o Governo se mantiver “intransigente”, a UGT não exclui uma greve geral, mesmo que em concertação com outras organizações.

Entre as alterações mais polémicas estão o regresso do banco de horas individual, a simplificação dos despedimentos, a revogação das restrições ao ‘outsourcing’ após despedimentos e o alargamento dos serviços mínimos em caso de greve a setores como creches e lares de idosos.