A paralisação, sem serviços mínimos, causou constrangimentos significativos na mobilidade da capital durante o período da manhã.
A greve parcial dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, que se repetiu ao longo da semana, paralisou o serviço desde a abertura, às 06h30, até cerca das 10h30. A ausência de serviços mínimos, não decretados pelo tribunal arbitral, resultou em estações encerradas e filas intermináveis nas paragens de autocarro, sobrecarregando os transportes de superfície da Carris e duplicando as tarifas dos serviços de TVDE. A paralisação foi convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) e outras organizações sindicais, que reivindicam o aumento dos subsídios de refeição, de férias e de Natal, bem como alterações no horário máximo de trabalho semanal. A administração do Metropolitano de Lisboa apelou à suspensão da greve, afirmando ter apresentado “duas propostas negociais cuidadosamente estruturadas” que contemplam a “melhoria das condições de trabalho, incluindo a valorização das categorias profissionais e a redução do número de horas de trabalho semanal”.
No entanto, os trabalhadores rejeitaram as propostas em plenário, considerando-as insuficientes.
Sara Gligó, da FECTRANS, afirmou que a adesão foi “expressiva” e admitiu a possibilidade de novas greves caso não haja avanços nas negociações.
A situação reflete um clima de tensão laboral contínuo, com forte impacto nos milhares de utentes que dependem diariamente do transporte público para as suas deslocações na capital.














