A estrutura sindical defende a valorização urgente da carreira como única forma de atrair e reter profissionais para a educação.
Numa audição na comissão de Educação, motivada por uma petição com 15.000 assinaturas, o secretário-geral da FENPROF, José Feliciano Costa, apresentou um quadro preocupante. Segundo o sindicato, existem mais de 1.300 horários por preencher na contratação de escola, afetando cerca de 276 mil alunos.
A situação é particularmente crítica no 1.º ciclo, onde 184 horários estão vazios, o que pode deixar 6.000 crianças sem professor.
A FENPROF contesta os números do Ministério da Educação, afirmando que o número de candidatos disponíveis é de 14.000, e não 20.000. As principais reivindicações do sindicato para a negociação do Estatuto da Carreira Docente, que esperam iniciar este mês, são a reestruturação da carreira, sobretudo nos primeiros escalões para atrair jovens, o fim das quotas e vagas na progressão, e a melhoria das condições de trabalho, denunciando “ilegalidades e irregularidades nos horários de trabalho, que ultrapassam as 35 horas”. A estrutura sindical alertou ainda para o envelhecimento da classe, com dois terços dos docentes com mais de 50 anos e um número de novas entradas (cerca de mil por ano) manifestamente insuficiente para cobrir as 4.000 aposentações anuais previstas.














