A federação contesta diretamente os dados do ministro Fernando Alexandre, que aponta para a existência de 20 mil professores disponíveis para colocação. Segundo a Fenprof, o número real de docentes disponíveis é de apenas 14 mil, uma vez que os dados ministeriais se referem a candidaturas e não a indivíduos únicos.

Adicionalmente, a estrutura sindical sublinha que a disponibilidade de professores numa determinada área, como Educação Física, não resolve a carência noutras, como Geografia.

Perante o que considera uma crise estrutural, a Fenprof defende que a única solução passa pela valorização da carreira docente, através da revisão do estatuto, melhores salários, horários de trabalho dignos e apoios à deslocação e fixação.

Como forma de luta, a federação anunciou a retoma da "greve ao sobretrabalho, à componente não letiva e às horas extraordinárias" a partir de 16 de setembro.

O ministro da Educação, por sua vez, insiste que o problema é localizado nas regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve, e que o ano letivo começou com "normalidade", estando a ser implementadas medidas como o apoio à deslocação para atrair docentes do Norte.