A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP-IN) intensificou a sua oposição às políticas laborais do governo, convocando uma Jornada Nacional de Luta para 20 de setembro e apresentando um caderno reivindicativo robusto para 2026. A central sindical exige um aumento imediato do salário mínimo nacional para 1.050 euros em janeiro de 2026, acompanhado por uma subida geral dos salários de, no mínimo, 15% ou 150 euros. A CGTP-IN justifica estas reivindicações com a realidade de que 57% dos trabalhadores assalariados ganham menos de mil euros brutos mensais, o que considera um "entrave ao desenvolvimento do país". A principal motivação para a mobilização é o pacote laboral proposto pelo governo, que a confederação classifica como "um ataque generalizado aos direitos dos trabalhadores", acusando o executivo de visar a facilitação dos despedimentos, o alargamento da precariedade e o enfraquecimento de direitos conquistados. Como contrapropostas, a CGTP-IN defende a redução do horário de trabalho para 35 horas semanais, a reposição dos 25 dias úteis de férias e a revogação da caducidade da contratação coletiva.
A luta estende-se também à nova lei da nacionalidade, que, segundo a central sindical, fragiliza as condições dos trabalhadores migrantes, potenciando a sua exploração.
A Jornada Nacional de Luta incluirá manifestações no Porto e em Lisboa, com o objetivo de pressionar o executivo a retirar as propostas legislativas que considera lesivas.
Em resumoA CGTP-IN mobiliza os trabalhadores para uma jornada de protesto nacional, opondo-se firmemente às reformas laborais do governo e exigindo aumentos salariais significativos, considerando as propostas do executivo um retrocesso nos direitos laborais, incluindo os dos trabalhadores migrantes.