Trabalhadores da Polopiqué Protestam em Santo Tirso por Salários em Atraso e Encerramento de Empresas
Centenas de trabalhadores do grupo Polopiqué estão em protesto contínuo junto à sede da empresa, em Santo Tirso, após terem sido impedidos de regressar ao trabalho depois das férias e confrontados com salários e subsídios em atraso. A situação afeta cerca de 274 funcionários das empresas Cottonsmile, de Vizela, e Polopiqué Tecidos, de Moreira de Cónegos (Guimarães), que se apresentaram à insolvência no âmbito de uma reestruturação do grupo. Os trabalhadores da Polopiqué Tecidos denunciam o não pagamento do subsídio de férias e de 30% do salário de agosto, enquanto os da Cottonsmile reclamam a totalidade do salário de agosto e o subsídio de férias. Impedidos de aceder às instalações e sem a documentação necessária para requerer o subsídio de desemprego, os trabalhadores encontram-se numa situação de grande vulnerabilidade. Em vigília permanente à porta da empresa, organizaram uma recolha de alimentos para ajudar os colegas em situações mais críticas, com relatos de famílias que já estão "a passar fome". O processo de insolvência poderá demorar, uma vez que a juíza responsável solicitou informação adicional à empresa. A administração da Polopiqué informou os funcionários de que a resolução da sua situação dependerá do administrador de insolvência a ser nomeado. A situação levanta questões sobre a responsabilidade social da empresa, que, segundo os artigos, foi beneficiária de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).



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