O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) convocou uma greve total para o Estabelecimento Prisional de Alcoentre, que decorrerá entre 13 de setembro e 5 de outubro, para reivindicar melhores condições de trabalho e o pagamento de dívidas. A paralisação, que representa uma evolução da greve às horas extraordinárias que já estava em curso, tem como principais exigências o pagamento do trabalho suplementar e a uniformização das escalas de serviço para todos os guardas prisionais.
Na sequência da convocatória, o colégio arbitral decretou serviços mínimos para garantir o funcionamento essencial da prisão.
Estes serviços incluem a realização de visitas semanais aos reclusos, a entrega de sacos de roupa, o acesso à cantina e a frequência de atividades letivas e de formação. Notavelmente, a decisão do colégio arbitral excluiu dos serviços mínimos o trabalho de vindima realizado na prisão, uma atividade que produz vinhos premiados.
O presidente do SNCGP, Frederico Morais, congratulou-se com esta exclusão, defendendo que a prioridade da segurança do estabelecimento deve sobrepor-se a tarefas não essenciais.
A greve surge num contexto de preocupação com a segurança, evidenciado pela recente detenção de um ex-recluso que tentou introduzir telemóveis na prisão.
Em resumoO Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional convocou uma greve para a prisão de Alcoentre, exigindo o pagamento de horas extraordinárias e a uniformização de horários. Os serviços mínimos foram decretados, mas excluem o trabalho não essencial das vindimas, uma decisão elogiada pelo sindicato.