Organizados por juristas através das redes sociais, os protestos visaram a revogação da falta por luto gestacional e a limitação da dispensa para amamentação, consideradas um "retrocesso inaceitável nos direitos das mulheres, mães e bebés". Os protestos, que decorreram em locais como a Assembleia da República em Lisboa e a Avenida dos Aliados no Porto, foram convocados por páginas como 'Departamento Jurídico' e 'Direitos e Politiquices', mobilizando cidadãos que acusam o Governo de querer retirar direitos às famílias. Uma manifestante expressou o sentimento geral, afirmando que as mudanças propostas são como "voltar a um país de 3.º mundo".
As principais reivindicações centraram-se na manutenção do direito à ausência remunerada por luto gestacional, na continuidade da dispensa para amamentação enquanto esta durar e na proteção do horário flexível como um direito parental.
A pressão exercida por esta mobilização da sociedade civil parece ter surtido efeito, uma vez que, após uma reunião de concertação social, a UGT e a CIP indicaram que o Governo se comprometeu a apresentar uma nova versão do anteprojeto com uma “evolução” nestas matérias.
Embora os detalhes não tenham sido divulgados, a ministra do Trabalho admitiu que o Governo “não é imobilista” e que estas questões poderiam ser alvo de “reformulações ou recuo”.
Esta reação demonstra o impacto que a contestação pública pode ter na agenda política, forçando o poder executivo a reconsiderar medidas particularmente sensíveis.














