Sem poderem trabalhar e sem a documentação necessária para acederem ao subsídio de desemprego, muitos enfrentam dificuldades extremas.
A situação levou os colegas a organizarem uma recolha de bens alimentares para ajudar as famílias mais afetadas, com uma trabalhadora a relatar que há quem esteja “a passar fome”. Maria José Santos, uma das funcionárias, desabafou: “A diretora de Recursos Humanos disse-nos para aguardarmos pela insolvência: sem salário nem Fundo de Desemprego.
Como é que vamos comer?”.
O protesto expõe a precariedade no setor têxtil e a falta de proteção dos trabalhadores em processos de insolvência. A situação é agravada pelo facto de o grupo Polopiqué ser beneficiário de 3,2 milhões de euros em fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), dos quais já recebeu 1,5 milhões, levantando questões sobre a responsabilidade social das empresas que recebem apoios públicos.
O silêncio da administração e a ausência de uma solução imediata deixam os trabalhadores em desespero, dependendo da solidariedade entre si para subsistir.














