Os trabalhadores consideram a situação "inadmissível" e afirmam não compreender o motivo do atraso, uma vez que o acordo já foi negociado e aceite pela administração da empresa.
Este conflito laboral evidencia uma tensão centrada na atuação da tutela governamental, que detém a responsabilidade final de aprovar as condições salariais em empresas públicas como a CP. A demora na autorização está a criar um clima de frustração entre os funcionários, que veem as suas expectativas de melhoria salarial adiadas indefinidamente, apesar de já existir um entendimento formal entre as partes negociadoras. A união dos sindicatos num comunicado conjunto sinaliza uma frente comum e a possibilidade de um endurecimento das formas de luta caso a situação não seja resolvida com celeridade. Embora os artigos não detalhem o conteúdo específico do acordo salarial nem mencionem a possibilidade de greve, a linguagem utilizada pelos sindicatos sugere que a paciência dos trabalhadores está a esgotar-se.
O impasse coloca o Governo sob pressão para agir, sob o risco de enfrentar uma escalada de contestação no setor ferroviário, com potenciais perturbações no serviço de transporte público a nível nacional.
A resolução deste conflito depende, assim, exclusivamente de uma decisão política que valide o que já foi acordado entre a empresa e os seus trabalhadores.













