O colapso dos serviços nos hospitais Garcia de Orta (Almada), São Bernardo (Setúbal) e Nossa Senhora do Rosário (Barreiro) deveu-se à “indisponibilidade” manifestada “à última hora” por médicos tarefeiros que asseguravam as escalas. Este episódio ocorreu apesar da promessa da ministra Ana Paula Martins de que a urgência de Almada estaria aberta 24 horas por dia desde 1 de setembro, após a contratação de novos especialistas.

A ministra admitiu ter sido “muito penalizador” assumir “politicamente uma solução que me foi garantida e vê-la desfeita sem sequer compreender porquê”.

A situação gerou fortes críticas de autarcas como Inês de Medeiros (Almada), que acusou o Governo de não ter um plano funcional, e de comissões de utentes, que consideraram o desfecho previsível. Em resposta, os administradores hospitalares da região propuseram a criação imediata de uma urgência regional, uma solução já implementada no norte do país e defendida pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, que considera o recurso a tarefeiros “sempre um risco”.