A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu a situação, sublinhando que, sem este esforço adicional, “não teríamos socorro”.

Durante uma audição na Comissão de Saúde, a ministra citou um relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) que aponta para um decréscimo nos postos de trabalho dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar entre 2021 e 2023. Esta redução, segundo Ana Paula Martins, “derivou de uma imposição da Administração Central dos Serviços de Saúde para redução do mapa de pessoal em 308 postos”, aprovada num despacho de abril de 2023.

A situação financeira do instituto também é preocupante, com uma “degradação progressiva” entre 2021 e 2024.

O Governo aguarda o relatório da Comissão Técnica Independente para tomar decisões mais profundas sobre a “refundação do INEM”, prometendo uma proposta de Lei Orgânica até ao final do ano. Paralelamente, o INEM anunciou que os quatro helicópteros de emergência médica deverão estar a operar em pleno, 24 horas por dia, “dentro de poucas semanas”, embora uma notícia aponte que esta promessa da ministra não deverá concretizar-se no final do mês como inicialmente assegurado.