O presidente do ACP, Carlos Barbosa, alertou para a existência de "condutores que não têm competências de condução adequadas e nem falam português", uma situação que considera inaceitável. A denúncia mais grave refere-se a "relatos preocupantes de condutores a dormirem nas bagageiras", o que evidencia "falhas de supervisão e risco para passageiros". O ACP defende medidas urgentes para reforçar a regulação do setor, incluindo a implementação de um exame prático de condução, para além da prova teórica já existente, e a obrigatoriedade de formação presencial que inclua proficiência em língua portuguesa.

A associação já solicitou audiências ao Governo e aos grupos parlamentares para apresentar as suas propostas.

A Lei TVDE, em vigor desde 2018, continua num impasse, com as alterações recomendadas pela Assembleia da República em março de 2025 a serem apenas de natureza administrativa. A situação reflete a complexidade de um mercado em transformação, onde, segundo um dos artigos, há oito mil condutores brasileiros em Portugal, representando 20,6% do total, que se queixam do excesso de horas de trabalho e da baixa remuneração. O ACP insiste na necessidade de uma fiscalização mais rigorosa por parte do IMT e das forças de segurança para devolver a confiança aos utilizadores.