O protesto, organizado pela associação Solidariedade Imigrante, que decorria de forma pacífica, foi marcado por um final tenso com a chegada do líder do Chega, André Ventura, que foi recebido com forte contestação.
Os manifestantes denunciaram as longas esperas pela autorização de residência, com alguns a aguardar há vários anos apesar de trabalharem e descontarem para a Segurança Social. Uma das principais queixas prende-se com as detenções de imigrantes em centros de instalação temporária, alegadamente apenas por constarem no Sistema de Informação Schengen (SIS) devido a uma passagem anterior por outro país europeu. José Soeiro, da Solidariedade Imigrante, acusou o Governo de estar a fazer uma "perseguição política aos trabalhadores imigrantes". Vários manifestantes partilharam histórias de dificuldades, como a impossibilidade de viajar para o país de origem em caso de emergência familiar por falta de documentos. O protesto contou com a solidariedade de representantes de partidos como o PCP e o Livre.
No entanto, o ambiente pacífico foi quebrado quando André Ventura se dirigiu ao local.
A sua presença foi considerada "um ato provocatório" pela organização, e o líder do Chega foi recebido com gritos de "fascista" e "racista", gerando um momento de grande tensão que obrigou à intervenção policial.













