A organização sublinha a gravidade da situação, afirmando que "este ano ardeu mais de 3% do território nacional" e que, nos últimos 35 anos, metade do país já ardeu. Os manifestantes defendem que a recorrência dos incêndios "há muito deixou de ser incompetência para não ser mais do que a prática reiterada de permitir a destruição". As principais reivindicações do movimento centram-se em três eixos: a "deseucaliptização do país", criticando a expansão de uma espécie que consideram pirófita e invasora; a descarbonização, como única forma de travar o aumento das temperaturas que agravam os fogos; e a democratização das decisões sobre o território, rejeitando as opções industriais impostas ao mundo rural. Margarida Marques, uma das porta-vozes do movimento, de Arganil, resumiu o protesto como uma chamada de atenção para a "inultrapassável realidade dos nossos tempos: transformar a paisagem, planear a reocupação dos territórios abandonados e travar o aumento da temperatura".

A rede cívica, criada em 2022, considera urgente uma mudança na organização e composição da floresta para que haja menos incêndios.