A central sindical considera as propostas um retrocesso significativo nos direitos dos trabalhadores, mobilizando-os sob o lema “Mais salários e direitos – Outro rumo é possível!”.

A convocatória para estas ações de luta reflete um clima de profundo descontentamento social e laboral. As manifestações, agendadas para o Porto, com início na Praça do Marquês, e para Lisboa, partindo do Marquês de Pombal, pretendem ser uma demonstração de força contra um pacote legislativo que, segundo a CGTP, representa “um verdadeiro retrocesso”. Ana Pires, dirigente da Comissão Executiva da CGTP, expressou a expectativa de que “venham milhares de trabalhadores dos locais de trabalho de norte a sul do país” e que a mobilização se alargue “às famílias, aos reformados e aos pensionistas”.

O objetivo, segundo a dirigente, é demonstrar uma “discordância completa e total” e exigir que o executivo “retire este pacote da discussão”.

A central sindical liderada por Tiago Oliveira tem insistido que as propostas governamentais são uma “afronta à Constituição” e que, caso o Governo não recue, a CGTP irá “dar o devido combate”.

Esta mobilização nacional sinaliza um ponto de viragem na relação entre o Governo e os parceiros sociais, com a maior central sindical do país a optar por uma contestação massiva nas ruas como principal forma de pressão política, demonstrando a sua capacidade de mobilização em momentos de tensão social e de alteração de direitos laborais fundamentais.