Esta estratégia de mobilização abrangeu setores cruciais da economia, como o comércio e serviços, a indústria, a hotelaria e a restauração.
A emissão de pré-avisos de greve foi uma ferramenta tática fundamental para permitir que os trabalhadores, especialmente aqueles que exercem funções ao fim de semana, pudessem ausentar-se legalmente dos seus postos de trabalho para se juntarem às manifestações em Lisboa e no Porto.
A medida demonstra uma articulação cuidada entre as várias estruturas sindicais afetas à CGTP, visando maximizar a adesão e o impacto dos protestos.
Um exemplo concreto é o da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Energia e Minas (Fiequimetal), que emitiu um pré-aviso de greve com vigência entre as 00:00 e as 23:59 do sábado da manifestação.
Segundo Ana Pires, dirigente da CGTP, esta ação foi deliberada “no sentido de permitir aos trabalhadores que estejam a trabalhar que possam sair dos seus locais de trabalho e participar nesta importante jornada de luta”. A abrangência dos setores cobertos pelos pré-avisos de greve revela a intenção de transformar a manifestação num evento de dimensão nacional e transversal, refletindo o descontentamento generalizado que, segundo a central sindical, percorre o tecido laboral português.













