As manifestações, que decorreram sob o lema “Mais salários e direitos - Outro rumo possível”, representaram um dos maiores protestos recentes contra as políticas governamentais, evidenciando um profundo descontentamento social.
No Porto, a manifestação juntou milhares de pessoas que marcharam da Praça do Marquês até à Praça D. João I.
Em Lisboa, o protesto principal partiu do Marquês de Pombal em direção aos Restauradores, com os manifestantes a entoarem cânticos como “o pacote laboral é retrocesso social”.
A mobilização foi descrita pelo secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, como um “grande momento de luta” e de afirmação dos trabalhadores. A central sindical acusa o Governo de promover um “profundo ataque aos direitos dos trabalhadores” e de apresentar propostas que constituem um “verdadeiro retrocesso” e uma “afronta à Constituição”. A contestação não se limitou às duas maiores cidades, com a União dos Sindicatos de Aveiro a mobilizar-se para o protesto no Porto e a União dos Sindicatos da Madeira a organizar um “buzinão” no Funchal. A dimensão nacional da contestação demonstra a amplitude da oposição às alterações propostas, com a CGTP a exigir que o Governo retire o anteprojeto da mesa de negociações e a prometer endurecer a luta, não descartando a possibilidade de uma greve geral.














