A decisão foi justificada pela “falta de condições para poderem exercer o direito à greve”, após o Tribunal Arbitral ter decretado serviços mínimos que, segundo o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), representavam um “verdadeiro atentado ao direito à greve”.
As paralisações, que abrangiam vários períodos entre setembro de 2025 e janeiro de 2026, tinham como objetivo reivindicar o fim dos salários abaixo do mínimo nacional, aumentos salariais, o pagamento de horas noturnas e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento. No entanto, a decisão do Tribunal Arbitral de impor a realização de todos os voos domésticos e 35% dos voos internacionais foi vista pelo sindicato como uma limitação excessiva. O SIMA criticou a decisão, afirmando que se baseou em “avaliações totalmente descabidas e em critérios nada objetivos” e que se traduziu “numa decisão digna de uma agência de turismo”. O sindicato declarou que, embora exista uma vontade dos governantes em restringir o direito à greve, não poderiam “pactuar com essa posição”.
Este episódio levanta um debate mais amplo sobre o equilíbrio entre o direito fundamental à greve e a necessidade de garantir serviços essenciais, com os sindicatos a sentirem que os serviços mínimos decretados esvaziaram completamente o impacto da sua forma de luta.














